quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Aleluia! Jesus nasceu.


Era noite em Belém da Judéia e lá estava o menino. Por falta de um lugar para pousar veio ao mundo em uma estrebaria. Na falta de um berço o deitaram em uma manjedoura.
Lá estava Deus. Longe do trono, longe da glória, mas perto dos homens. Na forma de homem, em corpo de criança. Aquele que criou mundo, agora estava no mundo, dentro dele, sujeito o a ele. Ele não conhecia o tempo, era chamado Pai da eternidade. Agora estava subjugado as horas, aos dias, aos meses e aos anos. O Deus que não sabia o que era cansaço e fadiga ia provar do castigo que impôs ao próprio homem. Deus iria se cansar, iria suar, iria se exaurir. O Todo poderoso que nunca dorme, nem cochila passaria a ter uma cama, mas na maioria das vezes não teria onde recostar a cabeça. O Onipotente que sustenta tudo com suas mãos agora seria embalado nos braços de uma mulher. O provedor de toda vida. O que aos animais dá a cada dia o seu sustento, agora iria ser alimentado por um ser limitado. Detentor de toda inteligência e sabedoria, como qualquer criança, o próprio Deus deveria ir a escola e ainda chamar de mestre alguém cujo entendimento, diante do arquiteto do universo, não se compara a nada.
No céu unanimidade. Na terra, dúvida e questionamento. Quem és tu? Que sinal tu fazes para que creiamos em ti? Perguntarão a ele. Tens demônio! Dirão alguns. Estás louco! Outros afirmarão. Dor, fome, sede, humilhação, incredulidade, rejeição. “Porque me obrigaste a vir?”. Não! Essa frase nunca saiu de sua boca. Ele sabia o que o esperava. Ele não foi obrigado a vir, pelo contrário. Ele quis vir. “A minha vida a dou, eu voluntariamente a dou para tornar a tomá-la”. Será que vale a pena? Perguntaram os anjos. Será que vale a pena? Questionaram os demônios. Será que vale a pena? Indagou o diabo. A resposta? “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O evangelista João escreveu “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”.
Quando essa palavra se cumpriu poucos perceberam. As testemunhas da entrada de Deus no mundo, provavelmente, foram alguns cavalos, algumas mulas e alguns camelos. Não houve estardalhaço, não houve homenagens nem honrarias. Fora da estrebaria a rotina das pessoas continuavam. O povo comia, bebia, dormia, conversava, dançava etc. O próprio Deus veio ao mundo e apenas uns poucos se deram conta disso naquela noite. Alguns pastores no campo e os e os anjos no céu. Os magos? Os magos chegaram depois. Naquele dia que parecia comum, a história da humanidade começou a ser mudada para nunca mais ser a mesma.
Quase dois mil anos se passaram, e a história se repete. Natais vêm e vão, e as pessoas continuam as mesmas. Planejando suas festas, comprando seus presentes e etc. Estão dando continuidade as suas vidas sem perceberem o verdadeiro significado do Natal. Mais uma vez o filho de Deus passa desapercebido da maioria das pessoas, mas nos quatro cantos desse planeta existem pessoas que perceberam que o próprio Deus veio ao mundo através de seu filho Jesus e abriram a estalagem do seu coração permitindo que suas histórias fossem mudadas a fim de que não sejam mais as mesmas pessoas.
Jesus nasceu e ainda continua nascendo na vida das pessoas. Assim o natal se repete a cada dia da existência humana.
Antes de Cristo ou depois de Cristo. Assim se resume a história da humanidade. E a sua?

Pense Nisso!

Feliz Natal!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Que o final seja como o começo (Parte 2)


Cair não é nada bom. Nada bom mesmo.
Quando as bolsas de valores em todo mundo caem, o mercado financeiro entra em colapso.
Quando uma criança cai, o pai se preocupa.
Quando um ciclista cai acontecem alguns arranhões.
Quando um velocista cai, ele perde tempo e na maioria das vezes a corrida.
Quando um avião cai o desastre é quase total.
E quando um crente cai? Na maioria das vezes essa pergunta é respondida com outra. Caiu com quem? Isso porque para um bom número de crentes o cair só tem uma referencia, ou melhor, duas. Adultério ou fornicação. É claro que essas práticas são quedas, mas são quedas porque são pecados, sendo assim, toda prática que desagrada a Deus é vista como queda, por isso, a humanidade está decaída, porque seu estilo de vida fere os princípios de Deus.
Mas a despeito da queda, conhecida como pecado original, existe um tipo de queda que só os crentes podem ter. Veja você mesmo. “Lembra-te, pois de onde caíste...” Ap.2:5. Mais um vez o texto fala da igreja de Éfeso. A aquela igreja não era adúltera, corrupta, infiel ou coisa parecida, mas aos olhos de Jesus ela estava caída. A que queda Jesus se referia? Seria a queda nos dízimos e ofertas? Seria a queda da freqüência aos cultos? Ou seria a queda no número de crentes? Nada disso! O que caiu foi a intensidade do amor, da paixão pelo próprio Cristo. Para Jesus quando a paixão diminui estamos caídos.
Ao meditar sobre isso, me lembrei da história de dois obreiros cascudos de uma igreja que observavam um novo convertido no auge da paixão. Ele era todo entusiasmo, gratidão, louvor, serviço, amor e adoração. Então um dos obreiros comentou com o outro “Lembra como nós éramos no início? Iguaizinhos aquele jovem, cheios de paixão e entusiasmo, só que agora o tempo passou e já não somos mais a mesma coisa. O que você acha de alertarmos aquele jovem para ir mais devagar?”. O outro obreiro concordou e ambos foram falar com o rapaz. Então eles se aproximaram e disseram “Meu filho, nós temos observado seu fogo, sua paixão pelo Senhor, mas olha só, nós um dia também fomos assim. No início éramos iguaizinhos a você, mas com o tempo isso vai mudar, por isso não precisa tanto exagero”. Então o rapaz olhou para os obreiros cascudos e disse “Se com o tempo eu ficar como vocês eu paro, volto e começo tudo de novo”.
Esse jovem tem razão. É melhor voltar e começar novamente do que se tornar um falso crente maduro, que pensa que é adulto, mas que na verdade perdeu a paixão. O grande problema não é cair, o maior problema é não querer se levantar. É a indiferença, é o tanto faz, tanto fez. A renovação da paixão sempre será fruto de um sentimento de insatisfação causado pelo reconhecimento de que o amor pelo mestre já não é como no início.
Portanto “Lembra-te de onde caíste, arrepende-te e praticas as primeiras obras”. Ap.2:5.

Pense nisso!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Que o final seja como o começo (Parte 1)


Só para variar, estive pensando um pouco. Estava refletindo sobre nosso comportamento quando ganhamos ou compramos algo novo.
Lembro quando comprei meu primeiro carro (como se já tivesse comprado um segundo ou terceiro, na verdade ainda estou com ele. Rssss.). Quanto cuidado. Estacionava o carro morrendo de medo de arranhar a pintura. Mudança de marcha no tempo certinho, nada de esticadas. Parava o carro a dois palmos do meio fio. Não queria arranhar as rodas. E ai de quem se atrevesse a bater a porta do possante como se fecha uma geladeira velha. Fogo consumidor se acendia nos meus olhos. Andava na rua todo prosa com meu Kadetão 96, crente que estava abafando. Mas aí o tempo passou, passou e passou. Me pergunte agora se o cuidado é o mesmo? Acho que não preciso nem responder.
A mesma coisa acontece com a TV nova, o computador novo, o celular novo e também, como não poderia deixar de ser, com a fé nova. No início: motivação, entusiasmo, empolgação e encantamento. Mas com o tempo ... Ah, o tempo.
Esse tal de tempo pode ser um grande amigo, mas também um grande algoz, principalmente quando está relacionado a fé. E quando me refiro a fé, não estou falando daquele poder que move o sobrenatural, mas da fé relacionada a vida cristã, ao relacionamento com Deus. Sim, o tempo pode ser o instrumento que desgasta a paixão, o amor e o fervor espiritual. Com o tempo podemos até manter a forma, mas perderemos o conteúdo. Foi assim com os crentes de Éfeso. Continuavam indo aos cultos, a EBD, a praticar boas obras e um monte de coisas boas, mas as palavras de Jesus foram essas “Vocês não me amam como no princípio! Pensem naqueles tempos do seu primeiro amor” (Bíblia Viva). Ap. 2:5.
Deus não está mais preocupado com o que fazemos para ele do que com o que nós sentimos por Ele. O Senhor acima de tudo quer saber se a paixão está intacta. Para alguns a vida é bastante corrida. Chegam a achar que um dia deveria ter 48 horas. Acham que oram pouco, lêem pouco a Bíblia, vão pouco a igreja, mas acima de tudo possuem uma paixão, uma sede de Deus, um fogo que lhes consomem a alma. Enquanto outros possuem uma vida mais light, são verdadeiros ratos de igreja, não perdem uma reunião. Lêem as escrituras regularmente e até oram como todo bom crente deve fazer, todavia se tornaram religiosos e nem perceberam. O fogo se abrandou, diminuiu, é quase uma sentelha.
Então como não permitir que o tempo não diminua a paixão? Pode não ser fácil, mas é simples. Voltando ao começo.
Façamos o caminho de volta, como fizeram José e Maria quando deixaram o travesso Jesus em Jerusalém. Voltemos perguntando, buscando e procurando. Por certo o encontraremos. Porque quem busca, acha. Quem pede, recebe. E quem bate, a porta se abre.

Pense nisso e não deixe a paixão se esfriar.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Debaixo do sol


Antes de tudo. Se esse título te fez lembrar praia ou algo parecido, esqueça. Qualquer associação é mera coincidência.
Continuando. Debaixo do sol é uma expressão que se repete inúmeras vezes no livro de Eclesiastes, que, aliás, se tivesse sido escrito por mim nunca teria esse título. A própria frase “Debaixo do sol”, seria um tema mais sugestivo, já que essa frase revela o assunto principal a ser tratado pelo livro, que são as nuances da vida e da existência humana nos poucos anos de vida terrena.
O livro de Eclesiastes é singular, porque aos meus olhos, nenhum outro livro da Bíblia se mostra tão natural, tão humano, tão próximo do nosso dia a dia, da nossa realidade. A impressão que tenho é que os demais livros das Escrituras são espirituais, elevados, transcendentes demais, enquanto Salomão nesse livro parece se preocupar apenas em mostrar a vida como ela é. Sem anjos, sem visões, sem profecias, sem manifestações sobrenaturais. Apenas a vida.
Lembro-me de ter ouvido uma Pregação do Pr. Lucinho, da Igreja Batista do Getsêmane, dizendo que Deus é Deus e a vida é a vida. Isso porque algumas pessoas possuem uma extrema dificuldade em aceitar alguns acontecimentos da vida, como se algo estranho estivesse acontecendo com elas, quando na verdade não está acontecendo nada de anormal. Na vida debaixo do sol o bem e o mal são possibilidades e Deus não se vê obrigado a intervir, embora o faça quando acha que deve.
Em um mundo decaído a felicidade, a alegria, a tragédia e o absurdo vivem debaixo do mesmo teto. Preste atenção nesses versículos e comprove essas verdades.

“Um justo que morreu apesar da sua justiça, e um ímpio teve vida longa apesar da sua impiedade”. Ec.7:15.
“Há mais uma coisa sem sentido na terra: justos que recebem o que os ímpios merecem, e ímpios que recebem o que os justos merecem. Isto também, penso eu, não faz sentido”. Ec.8:14.
“Percebi outra coisa debaixo do sol: Os velozes nem sempre vencem a corrida; os fortes nem sempre triunfam na guerra; os sábios nem sempre tem comida; os prudentes nem sempre são ricos; os instruídos nem sempre tem prestígio; pois o tempo e o acaso afetam a todos”. Ec.9:11.
“Além do mais, ninguém sabe quando virá a sua hora: Assim como os peixes são apanhados por uma rede fatal e os pássaros são pegos em uma armadilha, também os homens são enredados pelos tempos de desgraça que caem inesperadamente sobre eles”. Ec.9:12.

Quem sabe você não gostou do que leu, mas a observação e a experiência mostram que a vida é assim. A vida aqui embaixo não é justa e muito menos coerente. Alguém pode perguntar: Porque Deus permite essas coisas? Não sei. Talvez para nos lembrar que aqui ainda não é o paraíso, mas que existe um paraíso para aqueles que desejam. Talvez para nos mostrar que na vida existem dois caminhos. Ficar a mercê do acaso e da sorte ou se lançar confiantemente nos braços de um Pai de amor, cuja palavra diz que “Todas as coisas cooperam juntamente para o bem daqueles que o amam”. Rm.8:28.

Pense nisso.

“Agora que já se ouviu tudo, aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça os seus mandamentos, pois isso é o essencial para o homem”. Ec.12:13.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Espiritualidade burocrática


Vou tentar tornar mais clara minha reflexão tomando como exemplo uma repartição pública.
Sem querer colocar todo mundo no mesmo saco, mas a maioria das instituições governamentais são vistas como lugares desorganizados, precários e pouco eficientes, onde as coisas até acontecem, mas de forma muito morosa. Em muitos desses lugares as pessoas apenas estão presentes. Batem cartão na entrada e na saída, mas produzem pouco e empurram com a barriga tudo que deveria e poderia ser feito de forma rápida e excelente. Alguns chegam a ponto de nem comparecerem diariamente ao local de trabalho se dando ao luxo de apenas assinarem o ponto no final do mês. O que quero dizer com isso?
Essa mesma realidade pode ser vista na vida de muitos de nós. Será que também não estamos burocráticos em nosso relacionamento com Deus?
Quantas vezes vamos a igreja apenas bater ponto? Freqüentamos aos cultos toda semana, fazemos nosso devocional diária e regularmente, oramos, lemos a Bíblia, participamos de algum ministério, mas a questão é, de que forma estamos fazendo as coisas? Com fervor? Com alegria? Ou por obrigação, empurrando tudo com a barriga? Para Deus não basta fazermos as coisas,tão importante quanto isso é como fazemos as coisas.
Oração sem entrega e quebrantamento são apenas palavras vazias. Leitura da Palavra sem a devida atenção para se ouvir deus falar é apenas religiosidade. Fazer parte de um ministério sem amor e dedicação é ativismo, desperdício de energia. Ir ao templo sem a consciência de culto é perda de tempo, é ser burocrático, é bater cartão.
Quantas vezes apresentamos nosso currículo religioso e burocrático para Deus baseados em números e performance fazendo dele um instrumento para barganharmos algumas benções com o Senhor, como quem diz “Deus faça isso, Pai faça aquilo. Eu tenho estado sempre na sua casa, eu oro, eu leio a tua Palavra, eu faço a sua obra ...”. Como se fazendo isso o beneficiado fosse Deus, como se Ele precisasse dessas coisas e se nós não as fizéssemos Deus estaria perdido. Talvez exista até alguém que pense “O seria de Deus sem mim”.
Precisamos abandonar essa espiritualidade burocrática cheia de formas e aparência que não nos faz crescer, amadurecer e frutificar. Onde o tempo passa e continuamos as mesmas pessoas: descuidados, desorganizados, lentos, morosos no crescimento e no aprendizado das coisas espirituais. Não sejamos funcionários públicos espirituais.

“Não sejais vagarosos no cuidado, mas sede fervorosos no espírito”. Rm.12:11.

Pense nisso.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Seguir a Jesus é difrente de entrar para igreja

Assim como o evangelho não tem nada haver com religião, seguir a Cristo ou recebê-lo como salvador em nada se relaciona com o fato de ir à igreja ou como preferir “ir para a igreja”. Porque estou dizendo isso?
Depois de algum refletindo, cheguei a conclusão que não sabemos evangelizar. Normalmente quando temos a oportunidade de compartilharmos a Palavra com alguém, é justamente a Palavra que menos compartilhamos. Talvez por falta de conhecimento. Então o nosso evangelho se resume a frase “Fulano(a) você precisa entrar para a igreja”. Sei que a intenção de um crente ao dizer isso para alguém é a melhor possível, mas isso não é o evangelho. Quando um crente prega dessa forma acho que no fundo ele está querendo dizer “Olha, eu não sei falar de Jesus(evangelho) para você, mas se você for para igreja com certeza o pastor vai saber falar melhor do que eu”. É, acho que deve ser isso, mas uma coisa me preocupa.
Ficamos felizes quando alguém aceita o convite de ir a igreja e em indo a igreja, gosta do que ouve e acaba “entrando para a igreja”. O grande perigo de se entrar para igreja é não entender o significado de se estar ali. Porque “entrar para igreja” é uma coisa, assumir um compromisso com Cristo é outra coisa totalmente diferente.
Pessoas podem entrar para igreja-denominação (Assembléia de Deus, Universal, Batista, Nova Vida e etc), sem entrar para igreja, corpo espiritual de Cristo, que não tem endereço, CNPJ ou cartão de membro.
Entrar para igreja, pode significar apenas freqüentar as reuniões regulares, os cultos, os eventos, mas a vida pode continuar a mesma coisa. A mesma conduta, o mesmo comportamento. Continua mentido, roubando, odiando, sendo infiel à esposa, orgulhoso e por aí vai. Acho que pensam que o simples fato de serem freqüentadores assíduos de uma denominação e ficarem ali ouvindo coisas a respeito de Deus ira conceder a eles algum tipo de poder, privilégio ou isenção de sofrimento.
Entrar para igreja, para muitas pessoas pode significar apenas uma mudança de religião. Como quem diz “Eu era católico, agora sou evangélico”, ou “Antes eu ia a sessão espírita, agora eu vou ao culto”.
O que quero dizer é que ir para igreja não adianta nada, o que adianta é entrar em Jesus. É cair dentro dele. Quantos se decepcionam ao entrar para igreja, pois achavam que a vida financeira iria melhorar, que iriam ter menos problemas e etc. Outros reclamam que a vida ficou mais difícil e tudo mais. Aí abandonam a igreja. Eles não abandonam a Jesus, porque a Ele, na verdade, nunca conheceram.
Seguir a Jesus não é entrar para igreja, isso é conseqüência. Também não é mudar de religião. Seguir a Jesus é crer nele, e crendo nele como salvador da humanidade e único caminho até Deus, seguir os seus passos, isto é, seu exemplo em palavras, gestos, sentimentos e atitudes para com Deus e o próximo, me tornando imitador daquele viveu um tipo de vida que marcou o seu tempo e a história para sempre. E como saber como segui-lo? Observando a sua vida registrada nos evangelhos. Apenas isso.
Seguir a Cristo é ser como Ele.

Pense Nisso.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

O caminho inverso

Ao contrário do que muita gente pensa, os discípulos que Jesus chamou para o seguir não eram pessoas desocupadas que não tinham nenhuma outra opção na vida. Eles não aceitaram seguir a Cristo porque um dia pensaram “Se nada mais der certo na minha vida eu viro apóstolo”, e como não deu eles escolheram fazer parte do ministério de Jesus. Nada disso.
A Bíblia nos relata que esses homens a quem Jesus chamou eram pessoas que poderiam seguir seus próprios caminhos, que poderiam tocar suas vidas normalmente e serem bem sucedidas em termos materiais, como alguns deles eram. Poderiam viver uma vida tranqüila e sem preocupações. Por exemplo. Pedro não era rico, mas também não era miserável. Ele e seu irmão André eram pescadores autônomos, tinham seu próprio negócio. João e Tiago, os filhos do trovão, eram filhos de um empresário do ramo da pesca, eles possuíam barcos e empregados ao seu serviço. Levi (Mateus), trabalhava na coletoria, era funcionário público, quem sabe seria hoje um auditor fiscal da receita ganhando seus nove mil e uns quebrados. Lucas não fazia parte dos doze, mas também seguia a Cristo, ele era médico, bem formado poderia ganhar muito dinheiro exercendo seu ofício. O que há em comum entre eles? Todos eles largaram tudo para seguirem a Cristo. Pedro pendurou as redes, Tiago e João desistiram dos seus negócios, Levi largou o emprego público e Lucas fechou o consultório, se é que ele possuía um.
A grande questão é a seguinte. Será que estamos buscando fazer o caminho inverso que eles fizeram?
Esses homens, a quem citei, abriram mão de tudo que a maioria de nós está buscando. Eles abriram mão do que era material por causa de um propósito maior. Quantos não estão em busca do próprio negócio, da estabilidade de um emprego público, de uma formação que possa proporcionar uma vida tranqüila e sem preocupações? Esses que seguiram a Jesus deixaram tudo isso, talvez querendo nos ensinar que existe um motivo maior para existir, ao invés de satisfazermos nossos próprios desejos. Não estou dizendo para deixarmos de sonhar com essas coisas, mas com certeza devemos ter em nossa mente que nenhum outro projeto de vida é maior do que seguir a Jesus e às vezes para seguí-lo, para realizarmos o sonho que Ele sonhou para nós é necessário estar desprendido de todo tipo de valor e tesouro terrestre. Você está disposto?
Quanto a mim, eu peço. “Oh Senhor, dá-me graça”.

“E deixando ele(Mateus) tudo, levantou-se e o seguiu”.Lc.5:28.

Pense nisso!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Estou em Cristo

Estive lembrando esses dias de uma expressão muito forte, que se repete inúmeras vezes no Novo Testamento, principalmente na Epístola aos Efésios. Falo da expressão "em Cristo".

Porque digo que ela é forte? Por exemplo. Quando alguém pergunta "onde você está?" e sua resposta é "estou em casa", isso faz referência ao lugar onde você está. Isto é, você está em casa, mas não do lado de fora dela, em cima da laje ou no telhado. Você está dentro dela.

Essa é justamente a minha reflexão a respeito de nosso posicionamento espiritual. Antes de conhecermos a Jesus estávamos longe, distantes, perdidos com relação a Deus, mas agora que o encontramos, ou antes, fomos encontrados por Ele já não estamos mais nessa condição. Hoje quando nos perguntam onde estamos podemos responder com toda segurança "Estamos em Cristo". Não do lado de fora, mas dentro Dele. Estando dentro dele se pensa como Ele, se fala como Ele, se sente como Ele, se age como Ele e se vê como ele , pois já não estamos pensando com a nossa mente, mas com a mente Dele, nem sentindo com nosso coração, mas com o coração Dele, os olhos já não são os nossos olhos, mas são os olhos de Jesus e nossa boca a boca do Salvador. É por isso, e apenas por isso que Paulo escreve aos Coríntios dizendo que "quem está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já passaram e tudo se fez novo", visto que é impossível estar em Jesus e continuar sendo a mesma pessoa.

Antes estávamos fora de Jesus, agora estamos dentro Dele. Em Jesus existe do um mundo, um universo, um infinito a ser vivido. Em Jesus eu tenho a liberdade de me perder dentro dele sem a preocupação de me encontrar. Perdido em Jesus estou salvo, seguro, feliz e realizado. Em Jesus o diabo não me toca, pois para tocar em mim terá que tocar em Jesus, terá de me arrancar de dentro Dele e esse poder ele não tem. É por isso que João escreve que "aquele que nascido de Deus, não vive na prática do pecado, antes se conserva a si mesmo e o maligno não lhe toca". Nossa segurança é que estando em Jesus, só quem está dentro tem o poder de sair. É o livre arbítrio quem garante. Em Jesus a maçaneta só existe do lado de dentro.

Dentro de Cristo estamos assentados em lugares celestiais, em posição de autoridade, por isso o mundo espiritual nos respeita. Não porque freqüentamos uma igreja ou porque somos evangélicos, mas porque estamos em Cristo. Em Cristo reinamos em vida. Em Cristo, como ele morremos e ressuscitamos. Em Cristo fomos crucificados, por isso o pecado já não tem domínio sobre nós. É por estarmos em Cristo que podemos ter bom ânimo para viver, pois Ele é aquele que diz "Eu venci o mundo".

Pense nisso.

terça-feira, 15 de julho de 2008

O que é saudade?

Devemos ter feito algo de muito grave, para sentirmos tanta saudade...
Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa,
Dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe,
Saudade de uma cachoeira da infância,
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais,
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu,
Saudade de uma cidade,
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem estas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar no quarto e ela na sala, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela pra faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi à consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada,
Se ele tem assistido às aulas de inglês,
Se aprendeu a entrar na Internet,
A encontrar a página do Diário Oficial,
Se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,
Se ele continua preferindo Malzebier,
Se ela continua detestando McDonalds,Se ele continua amando,
Se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música,
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
É não saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro,
Se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que eu estive sentido enquanto escrevia
E o que você provavelmente estará sentindo depois que acabar de ler.
Texto de Miguel Falabella

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Confissões de um cristão meio torto

Devo confessar que sinto uma certa ponta de inveja daqueles que têm uma comunhão bastante próxima com Deus. Suas orações apaixonadas, a expressão emocionada murmurando baixinho palavras de amor, olhos fechados, mãos levantadas, uma lágrima escorrendo pelo rosto. Sim, admiro quem depois de uma hora com o Senhor abre os olhos, enxuga a face molhada, e apresenta uma expressão serena de quem esteve aconchegado nos braços do Pai.

Olho para mim, e é só dificuldade. Como me é difícil manter a mente centrada no Senhor. Os pensamentos vão ao céu e voltam à Terra numa rapidez que não consigo controlar. Justo no momento que quero só pensar em Deus e estabelecer uma conversa agradável, pequenas cenas do dia entram abruptamente no caminho e elas me afastam dAquele que deveria ser o centro de minha atenção. Quando finalmente consigo firmar o pensamento nas coisas lá do Alto, uma lembrança do que preciso fazer amanhã me vem à mente, e deixo-me levar pela preocupação que ela me traz.

No louvor esforço-me para estar diante da presença de Deus, de adorá-lo em espírito e em verdade, mas confesso que muitas vezes o louvor torna-se um simples cantar. Incomoda-me a letra fraquinha, o som estridente da guitarra, o ritmo que não gosto, e depois quando termina não tenho muita certeza se adorei ao Senhor.
Depois de uma mensagem abençoada, ajoelho-me ao altar e prometo a partir daquele dia descansar no Senhor. Faço um pacto com Deus para não mais me exasperar diante do imprevisto, não reclamar mais das pequenas intempéries da vida, não me sentir ansioso diante do desconhecido, e não pensar mal daquele irmão que insiste em não gostar de mim. Vinte e quatro horas depois esqueço-me daquela segurança sentida no dia anterior e vejo-me tentado a pensar mais uma “vezinha só” nos problemas. E como uma vez só não me permite resolvê-los, vou estendendo meus pensamentos e preocupações durante o dia, até que me pego submergindo inteiramente dentro deles.

Fico pensando quantas vezes recrimino os que são detentores de vícios ou defeitos de caráter, mas quando olho para mim e observo aquela pequenina, persistente e inocente “tentaçãozinha”, sinto-me como um moderno fariseu pronto a colocar pesados fardos nas costas alheias e vejo minha auto-imagem ser abalada.

Folheio livros de auto-ajuda cristã e todos ali são vencedores, não há problemas que eles não vençam. Ouço o mais novo líder de ministério em evidência (sempre surge um novo), e descubro que Deus lhe deu todas as “dicas” para ser bem-sucedido no seu ministério, e eu aqui no meu gabinete pastoral sentado à frente daquele irmão que chora, às voltas com um problema que não vejo solução. E o que é pior, Deus não me sopra nenhuma resposta para dar àquele sofredor.

Da mesma forma ouço alguns programas no rádio do carro, de pastores curando, libertando, tirando o câncer, a asma, a bronquite e a artrite de seu rebanho e eu sem saber o que dizer à Beatriz, estendida na cama há 2 anos, sofrendo de uma dor ininterrupta em suas costas, que a paralisa completamente.
Embora tenha consciência do peso dessas confissões nada alegres, não me sinto desesperado, nem abandonado por Deus, nem necessitando de uma nova unção. Estranhamente, há uma paz dentro de mim, há algo me sustentando quando me resvalam os pés. Estranhamente sinto que, de alguma forma, em algum lugar, Deus me ama tanto que mesmo em meio às mais profundas decepções, aparentes derrotas, e orações não atendidas, Ele está ali pacientemente olhando para mim.

Minha tranqüilidade e confiança está em saber que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais e não há nada que venhamos a fazer para que Deus nos ame menos.

Tenho aprendido a observar que Deus quer usar o vaso de barro que Ele fez. Deus não prescinde dessa argila torta, mas deseja ardentemente que o Seu tesouro preencha justamente esses falíveis e frágeis pecadores que somos nós. Jesus nunca rejeitou a Pedro por ser intempestivo, explosivo e temperamental. Deus não procurou outro profeta para colocar no lugar de Jeremias porque ele era claramente um depressivo que pedia a morte para si. Nem rejeitou a Ezequiel que parecia não bater bem da cabeça, nem a Jacó por ser mentiroso contumaz. O fato de muitas vezes agir como uma criança desastrada, mas querendo acertar, me leva a pensar que Deus também olha pra mim com a mesma compaixão e carinho que olho para o meu filho quando age desastradamente.

Decepcionado com Deus porque ele não me ouviu? João Batista teria muito mais motivos que eu, jogado numa masmorra por sua fidelidade a Deus. É verdade, que ele, assim como tantas vezes eu, pode ter se sentido em dúvida, desamparado, abandonado, sozinho. E daí? Ele também era um vaso de barro como nós. E Jesus não lhe recrimina por isso, mas diz dele: “nunca houve homem como esse”. Precisamos parar de achar que só os “vitoriosos” é de quem Deus se agrada. Essa é uma lógica mundana, que adentrou os átrios da igreja, e diante de alguma tragédia ou acidente na vida de um crente, logo imagina-se o quão longe ele deveria estar de Deus para lhe suceder tamanhas vicissitudes.

Entristecido porque Deus não respondeu às minhas orações? Meu ego ferido pela oração não respondida, é a porta que Deus usa para me falar. Saibam que Deus fala muito mais através de um ego ferido que pelas bênçãos acumuladas.

Preocupado por não sentir constantemente a presença de Deus? Não. Vejo na Bíblia a promessa de que Deus estaria sempre ao meu lado e não a promessa de que eu sentiria “sempre” a sua presença. Uma coisa é a certeza da onipresença divina, outra coisa é a manifestação dessa presença. Quanto maior a fragilidade da fé, maior a necessidade que Ele revele Sua presença. Quanto mais sei da fidelidade de Deus menos tentado fico a “exigir” que Ele se manifeste.

Se você também tem muito a confessar de suas fraquezas, de seus erros, de suas derrotas, de suas dificuldades em orar e adorar, não hesite. Confesse-as ao Senhor. Ele quer ouvi-lo. E sossegue o seu coração.

Autor(a): PR. DANIEL ROCHA
Pastor da Igreja Metodista em Itaberaba, S.Paulo e Psicólogo

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Refletindo sobre a felicidade

E. Stanley Jones, missionário metodista, contou uma história interessante. Um homem recebeu a visita de um anjo que lhe prometeu uma existência sem carência, sem problema, sem frustração. Tudo o que precisava para uma vida esplendorosa era imaginar alguma coisa ou circunstância e imediatamente o que pensasse acontecia. Um dia ele colocou as duas mãos no bolso e pensou numa mansão. Surgiu um castelo com quinze quartos, dez banheiros, três piscinas e um vasto jardim; a casa veio ainda com uma equipe de serviçais.

"Mas, um lugar como este precisa de um campo de golfe", pensou. Bastou fechar os olhos para surgir um tapete verde com dezoito buracos espetados de bandeirolas. Um novo desejo brotou no seu peito: "Essa casa carece de automóveis na garagem". Piscou e o pátio se lotou das melhores marcas. Chamou um dos motoristas, sentou-se no banco traseiro de um dos carros e foi passear. Depois jogou golfe, nadou, deitou-se e comeu. Com o passar do tempo, veio o tédio. De tanto dormir, ficou com insônia. Com tanta comida, perdeu o apetite. Ele passou a se sentir fatigado por não ter nada para fazer.

Depois de alguns anos, a monotonia foi se tornando desesperadora. Mal começava a ler um livro, já queria evitar o esforço de chegar à última página. Quando jogava golfe, rapidamente imaginava a bolinha entrando no buraco e seu recorde era perfeito.

O pobre homem viu-se condenado a viver sem desafios, sem alvos, sem metas. "Preciso tentar alguma coisa, esforçar-me para escalar alguma montanha, vencer algum obstáculo. Não posso continuar a existir sem frustração. Imploro que me devolvam a sensação de tentar”

À beira da loucura, confindenciou a um colega: “Prefiro o inferno a viver assim”. “E onde você acha que está?”, respondeu o amigo.

Extraído.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Jesus não é substantivo, é Verbo


Lembro-me que no tempo de escola nunca fui muito bom em português. Aliás, em português, matemática, química, física ..., bom, é melhor parar por aqui. Nessas matérias sempre passei beirando o precipício, mas graças a Deus nunca caí nele.
Folheando as páginas da Bíblia esses dias no Evangelho de João, logo no primeiro versículo do capítulo 1, parei diante de uma afirmação a respeito de Cristo que me fez lembrar a gramática portuguesa. Lá está escrito “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”. No original a expressão usada para designar o Verbo é “Logos”, que significa palavra, mas traduzida para nossa língua, a melhor expressão é realmente Verbo, porque palavra pode ser qualquer coisa, um substantivo. Substantivo é uma palavra estática, sem dinâmica, sem vida. Sendo assim Cristo não pode ser qualquer palavra, mas sim um Verbo, ou melhor, o Verbo, porque Verbo designa ação, estado, mudança de estado ou fenômeno. O verbo está sempre em movimento, trabalhando, agindo. Por isso, Cristo é o Verbo. Jesus disse “meu pai trabalha até agora e eu também”.
O verbo é a essência. Elimine os verbos e o que resta? Tire os verbos e o que sobra? Confusão, incoerência. Os verbos dão sentido a frase, à comunicação. Jesus, O Verbo, dá sentido a vida. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Jesus é o Verbo de Deus, é o Pai agindo em amor, graça, misericórdia e perdão.
O verbo pode ser singular e também plural. Jesus é singular porque é único. Não há ninguém maior, ninguém melhor, ninguém que se compare. Quem falou como Jesus? Quem viveu como Jesus? Quem amou como Jesus? Ele é singular porque tem que ser único para cada indivíduo, intimamente e pessoalmente, mas também tem ser plural porque é para todos: grandes, pequenos, ricos, pobres, jovens e velhos. O Verbo deve ser conhecido de todos, pois conhecendo o Verbo o homem se vê livre da ignorância, livre do seu analfabetismo espiritual.
Para quem não sabe, verbo também tem tempo e modo. O verbo sabe lidar com nosso passado, ele conhece bem nosso presente e pode preparar nosso futuro. Jesus, o Verbo é o mesmo ontem, hoje e eternamente. O passado ele esquece, no presente ele transforma e do futuro ele cuida e mesmo em qual tempo for o Verbo tem modo. Ele é indicativo e pode estar na primeira pessoa falando dele mesmo “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, “Eu sou a porta”, “Eu sou a luz do mundo”, “Eu o Pão vivo que desceu do céu”, “Eu sou a ressurreição” ... Como subjuntivo ele questiona, pergunta, indaga “Que dizem os homens a respeito de mim?”, “Crede que eu possa fazer isso?”, “Quando pois vier o Filho do homem achará fé na terra?”. No modo imperativo ele ordena, determina. Aos demônios diz o Verbo “Cala-te e sai dele”. Ao morto Lázaro ele fala “Sai para fora”. A filha de Jairo ele manda “Menina, a ti te digo levanta-te”. Ao pecador e conclama “Arrependei-vos” e “Entrai pela porta estreita”. Ao ansioso ele diz “Olhai para as aves do céu”. Ao materialista ele ensina “Buscai primeiramente o Reino de Deus”. É o verbo com autoridade e poder.
O Verbo também pode estar na segunda pessoa e pode falar a nosso respeito. Ele pode dizer “Necessário vos é nascer de novo”, “Eu vos escolhi e vos nomeei pra que vades e deis fruto”, “Eis que estou convosco todos o dias até a consumação dos séculos”, “vos sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando”, “aquele que tem os meus mandamentos e o guarda esse é o que me ama”.
Mas o verbo também pode estar na terceira pessoa e quando isso acontece o Verbo que nos ensina a tirar o foco de nós mesmos e olhar para o lado, pois o “ele” é o nosso próximo. E em relação ao próximo diz o Verbo: amai-vos, perdoai-vos, suportai-vos, não faleis mal um dos outros, comunicai as vossas necessidades, orai uns pelos outros, confessai “. O verbo nos ensina a não adorarmos o “eu”, porque o único “eu” que pode ser adorado é, o próprio Verbo.
O Verbo também fala de “nós”, na primeira pessoa do plural. Isso fala do Verbo Jesus e sua noiva. A ela diz o Verbo “Levanta-te, amiga minha, formosa minha e vem” após isso sua amada responde “Eu sou do meu amado e o meu amado é meu; ele se alimenta entre os lírios”. É o Verbo em verso e prosa. O verbo discorrendo um romance. É o Verbo em amor.
Mas ainda não acabou, pois o Verbo não deixa de falar na sobre “vós” na segunda pessoa do plural. O “vós” fala do posicionamento da noiva, a igreja em relação ao mundo. E assim diz o Verbo “Vós sois o sal da terra e a luz do mundo”, Nós igreja, somos apenas substantivos à serviço do Verbo e devemos ser usados como e quando ele quiser nos usar.
E por ultimo o Verbo se expressa na terceira pessoa do plural, “eles”. Isso representa o que Cristo, O Verbo fala sobre o mundo, “dispersos como ovelhas sem pastor”, “em trevas”, “perdidos”, “Debaixo da ira de Deus”. Mas quando “eles” se encontram com o Verbo algo muda, porque Cristo como Verbo sempre muda o estado. Sem o Verbo perdido, com o Verbo salvo, sem o Verbo distante de Deus, com o Verbo reconciliado com Deus, sem o Verbo velho homem, com o Verbo nova criatura. Para isso basta o “sujeito” passivamente receber a ação Verbo na Cruz e responder ativamente arrependendo-se de seus pecados e entregando sua vida deixando-se ser conjugado por Cristo o Verbo da Vida.

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos a sua glória cheio de graça e verdade.

Pense nisso.

sábado, 3 de maio de 2008

O privilégio de contribuir


Sim essa é a palavra correta privilégio. Isso porque se alguém acha que contribuir é uma obrigação, em nome de Jesus fique com sua contribuição, ou melhor, com seu dinheiro.
Sei existem outras formas de contribuição na igreja, e é verdade. Tem gente que coopera com seu tempo, outros ajudam com seus conhecimentos e dons, mas também é necessário que haja uma colaboração financeira. Deus é dono do ouro e da prata, mas esse recurso de Deus está no nosso bolso.
O problema dos crentes é que achamos que as bênçãos de Deus são apenas para nós. Quando Deus nos faz prosperar é para que a nossa prosperidade abençoe o Reino de Deus e ao próximo. Contribuir é um privilégio, porque quando o fazemos estamos reconhecendo a benção e o cuidado de Deus sobre nossa vida. Quando ofertamos ao Senhor estamos dizendo ao mundo, ao diabo e a nossa natureza humana que a nossa firmeza e confiança não está no nosso dinheiro, mas no Senhor que nos supre diariamente. Ao darmos ao Senhor exercitamos o altruísmo e mortificamos o egoísmo que nos faz pensar apenas em nós. Ao contribuirmos financeiramente com a obra de Deus estamos rejeitando a avareza, que segundo a Bíblia é idolatria. Pois aquele que confia no que tem no bolso ou em sua conta bancaria está fazendo do dinheiro o seu Deus. Ele ama tanto o seu dinheiro que não é capaz de dá-lo a ninguém, nem a Deus. O nome do deus dessa pessoa se chama Mamom e não se pode servir ao Deus verdadeiro e a Mamom.
A Bíblia ensina que ninguém é tão pobre que não possa contribuir e ninguém é tão rico que não precisa ser ajudado. Paulo diz que a igreja de Corinto era pobre, pobre, pobre de marré, marré, marré, mas da sua profunda pobreza superabundou em riqueza através da generosidade. II Co.8:2. O apóstolo ainda ensina como devemos contribuir “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; A sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça;
Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus”. II Co.9:6-11.
A contribuição é a melhor maneira de prosperar e sempre será proporcional a nossa liberalidade. Prestou atenção no que escreveu Paulo? Ninguém deve contribuir por tristeza ou por constrangimento, mas de coração. Deus ama quem dá com alegria.
No antigo testamento também temos inúmeros relatos de liberalidade ao Senhor. A Bíblia nos relata que quando Moisés disse que iria construir um tabernáculo para adoração o povo se moveu voluntariamente para contribuir. “E veio todo o homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o excitou, e trouxeram a oferta alçada ao SENHOR para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes santas”. Ex.35:21.Se você acha que Deus vai te consumir porque você não oferta nem dizima pode ficar com sua consciência tranqüila. Sei que isso pode ser um alívio para muita gente, mas aqueles que tem o coração no Senhor não ofertam por constrangimento, mas por se sentirem privilegiados de fazerem para de uma obra que começa aqui, mas que tem resultados eternos. Esses que assim o fazem ofertam por amor.
Pense nisso!.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Dengue Espiritual


Será que existe isso? Acredite, existe.
Não é novidade para ninguém que estamos sofrendo uma epidemia de dengue e que milhares de casos já foram registrados em nosso estado, inclusive com algumas mortes.
Mas em que isso se relaciona com a vida cristã? Se fizermos uma rápida associação iremos perceber algumas semelhanças.
Para começar a dengue é uma doença assim como o pecado é uma doença espiritual. Dengue quando não mata, deixa a pessoa arriada, tal qual o pecado. Paulo disse que “... o salário do pecado é a morte ...”. Rm.3:26. Como ninguém quer morrer devemos evitar a qualquer custo viver na prática do pecado.
Outra comparação é maneira como a doença é transmitida. Existe um agente transmissor. A dengue não surge do nada, tem o tal do mosquito Aedes Aegypt que a transmite a doença. O pecado também não surge do nada, e o Aedes Aegypt espiritual pode ter vários nomes. Pode se chamar: mentira, maledicência, sensualidade, imoralidade, inveja e etc ... Tudo isso transmite dengue espiritual. Essas coisas quando não matam, derrubam qualquer crente. Davi sofreu dessa enfermidade espiritual em seu romance com Bete-Seba. Primeiro cobiça, depois adultério, para em seguida praticar um homicídio. Sabe o diagnóstico? Dengue espiritual hemorrágica. Vejas as conseqüências registradas no salmo 38:1-7. Doenças psicossomáticas, sentimento de culpa, falta de paz, abatimento, desânimo ... A dengue espiritual pegou e deixou seqüelas gravíssimas na vida do rei.
Mas tem uma coisa, mosquito não nasce mosquito. Antes de ser mosquito ele era uma larva. Com o pecado é a mesma coisa, sempre existe um estágio anterior a ele. A larva do pecado se chama embaraço. A Bíblia diz que “devemos deixar todo embaraço ...” Hb.12:1. Embaraço pode ser um monte de coisas: uma amizade inconveniente, um programa de televisão, alguns sites na Internet, um namoro acalorado. Todas essas larvas podem se transformar em mosquito transmitindo dengue espiritual.
Então como evitar essa doença espiritual? Simples. Destrua todos os focos da dengue espiritual. Não permita que sua vida possua, ou seja, uma água parada.
Crente que não ora, não busca a Deus e não se santifica está se permitindo ser uma água parada. Água também simboliza a Palavra de Deus. Toda mensagem nos foi ensinada, pregada, ministrada e não foi praticada é água parada. Mas a água também representa o Espírito Santo, que não é água parada, mas um rio que se renova dentro de nós. Jo.7:38.
Ainda existe uma outra forma de se precaver dessa doença. Use repelente espiritual. Cubra toda sua vida com um óleo especial chamado unção. O diabo, o indutor do pecado, odeia crente com cheiro de unção.
Será que existe alguém sofrendo de dengue espiritual? Então corra para o consultório do Dr. Jesus. O hospital dele tem espaço para todos, mas o tratamento ele já deixou. Foi o que Davi fez “Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. Por isso, todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar; até no transbordar de muitas águas, estas não lhe chegarão”. Sl.32:5-6.
Isso mesmo! A cura para dengue espiritual é: arrependimento, confissão e perdão através do sangue de Jesus.

Pense Nisso.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A dor do não vivido


Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras
nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond

terça-feira, 8 de abril de 2008

Para quem acha que é mal pago


Talvez onze entre dez pessoas acham que são mal remuneradas. Tudo bem que a comparação foi um pouco exagerada, mas a grande verdade é que a maioria das pessoas vivem insatisfeitas com o que vêem no contra cheque no final do mês. Mas será que realmente elas ganham pouco?
Antes de respondermos a essa questão ou reclamarmos do nosso salário devemos considerar alguns pontos importantes:
1) É bom lembrarmos que mesmo que seja pouco o que recebemos no final do mês, tem muita gente querendo ganhar o que ganhamos.
Existem pessoas desempregadas há tanto tempo que aceitariam qualquer coisa, até enxugar gelo, nem que fosse para ganhar meio salário mínimo, sem falar que esse negocio de reclamar não agrada nada a Deus.
2) Antes de reclamar do salário se pergunte quantas pessoas em sua empresa sabe fazer o que você faz e qual é o grau de complexidade do seu trabalho?
Se seu trabalho pode ser feito por qualquer um, ou quando sai de férias você só leva um dia ou alguns minutos para explicar seu serviço para alguém que nunca o fez, então levante as mãos e glorifique a Deus todos os dias, apenas pelo simples fato de estar empregado.
3) Tudo bem, em seu trabalho só você sabe fazer o que você faz, e não é tão simples assim ensinar o que você faz para outra pessoa. Mesmo assim se pergunte. Se me mandarem embora, seu eu pedir demissão, ficar doente ou acontecer alguma coisa que me impeça de trabalhar, será fácil para a empresa encontrar no mercado um profissional para me substituir?
Digo isso porque nós valemos o equivalente ao que há de escasso no mercado. Por exemplo. Por diversas vezes o Real Madrid manifestou o desejo de tirar o Kaká do Milan, mas o time italiano disse que não quer nem conversa. O jogador brasileiro é inegociável. Porque o time Espanhol quer Kaká? Porque o Milan não quer vender? A resposta. Poucos jogadores no mundo são tão bons ou fazem o que ele faz. Será que ele ganha pouco? Não, pelo contrário, ele ganha muito bem por isso.
Então acredite. Se ao sair de uma empresa você pode ser substituído rapidamente e facilmente esteja satisfeito com o que você recebe no final do mês, você ganha muito bem.
4) Por último pergunte-se o quanto o seu trabalho agrega valor à empresa.
Seu trabalho traz alguma receita para a empresa? Promove alguma vantagem em relação aos concorrentes? Ajuda a atrair ou manter clientes? Faz sobressair a imagem da empresa de forma positiva?
Um Office boy, um auxiliar administrativo, uma auxiliar de serviços gerais, por mais úteis que sejam, não podem reclamar que ganham menos que um vendedor, um diretor de marketing ou um contador. Não é menosprezo aos profissionais, é apenas uma questão de associação de valor.
Se depois de considerar esses pontos e responder sinceramente as questões que levantamos você ainda achar que ganha mal, você tem todo o direito de negociar um aumento de salário, mas se não for esse seu caso faça de tudo para seu chefe não perceber que você não faz falta.

Esse assunto também é espiritual.

Pense nisso!

sábado, 5 de abril de 2008

A igreja pode fazer mal



Isso não é nenhuma heresia, vou tentar explicar.
Quando me refiro a igreja não estou me referindo a igreja, corpo místico de Cristo, mas sim, falo da instituição igreja, com seus costumes, tradições, cultura e etc.
A igreja pode fazer mal quando ensina, ainda que involuntariamente, que a vida só gira e acontece em torno da própria igreja e seus ministérios. E quantos dedicam sua vida, seu tempo, sua energia dentro daquele mundinho eclesiástico. A igreja instituição passa a ser o centro do universo onde muitos buscam sua realização pessoal tentando alcançar os mais altos níveis dentro dela, tudo em nome do status, da fama e do poder que ela pode proporcionar, não é de hoje que essas motivações impulsionam os homens e isso pode acontecer em todos os lugares, em qualquer comunidade, e porque não na igreja?
A igreja pode ser prejudicial quando ela vira palco, tablado para exibição de talentos. Para se mostrar quem canta mais, quem ora mais, quem profetiza mais, quem prega mais e assim por diante. Tudo isso em nome da vaidade e do egocentrismo, onde a glória de Deus não passa nem perto, apesar das pessoas nunca deixarem de dizer que tudo é para Ele, nem que seja da boca pra fora.
A igreja pode fazer mal quando ela nos faz pensar que pelo fato de sermos crentes somos melhores do que os outros e em nome de uma santidade que não tem nada a ver com que Cristo ensinou nos obriga a nos afastarmos das pessoas que não são crentes. Porque afinal de contas eles são ímpios e não podemos nos contaminar. Assim alguns vivem em total isolamento, mesmo cercado por pessoas no trabalho, na faculdade, no curso e etc., vivendo desse jeito pode-se até obter um sentimento de pseudo-santidade, mas também não se influencia ninguém e o evangelho também não é anunciado, pois esse evangelho de Jesus é um convite à vivência e não ao isolamento.
A igreja pode fazer mal quando ela ensina que tudo na vida se resolve espiritualmente. Quando ensinamos que para ter uma vida próspera basta ser dizimista, ou então, basta crer, ter fé e confiar. É claro que esses elementos fazem parte da vida cristã, mas essa não é toda verdade. Existe uma lei de colheita e semeadura. Essa semeadura fala de esforço, trabalho, estudo, dedicação, em fim, a parte que nos cabe. Falo isso porque vejo muita gente esperando tudo cair do céu enquanto ficam de braços cruzados.
A igreja pode fazer mal quando ela dá mais poder ao diabo do que ele realmente tem e culpa a ele por tudo de ruim que acontece em nossa vida sem levar em conta a soberania de Deus, fatores naturais e nossas próprias decisões e escolhas que sem dúvida produzirão frutos bons ou ruins dependendo da semente que plantamos. O diabo não deve ser ignorado, mas de forma alguma deve ser super estimado, pois ele não é independente, e para tocar em um crente fiel ele precisa pedir a “benção” ao Senhor.
A igreja pode fazer mal quando invalida a cruz de Cristo pregando que se queremos receber alguma coisa do Senhor temos que nos sacrificar. Esse sacrifício pode ser uma quantia em dinheiro, pode ser desgastar-se em algum ministério ou trabalho na igreja, pode ser o ingresso em campanhas de oração e jejum e etc. Tudo isso é muito bom de ser praticado quando é feito espontaneamente, desinteressado, por amor, e não como instrumento de troca e negociação com Deus. Além disso, o que de mais precioso poderíamos receber de Deus, nós já recebemos. Nossa salvação em Cristo, as demais coisas vêm no pacote. Rm.8:32.
A igreja pode fazer mal quando só ensina legalismos e proibições gerando pessoas reprimidas e neuróticas a respeito do pecado. Não toque. Não faça. Não manuseie. Regras que como disse Paulo, “tem aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não tem valor nenhum para refrear os impulsos da carne”. Cl.2:23, quando na verdade o evangelho é simples, é seguir a verdade em amor, é amar o próximo como a si mesmo, é fazer aos outros o que desejamos a nós mesmos. O resto é o resto.
É claro que essa não é a realidade de todas as igrejas, mas esse texto representa o quadro de muitos lugares por aí.

Pense Nisso!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Você conhece algum levita?


Claro que sim! Alguém pode responder. Na verdade quem não conhece, nem que seja uma só pessoa que canta na igreja, que faz parte do ministério de louvor, que toca algum instrumento, que gravou cd, dvd ou coisa parecida?
Quantas vezes nos referimos a essas pessoas como levitas, mas será que podem ser consideradas levitas de verdade?
Digo isso porque a Bíblia considera levita, aqueles que são israelitas pertencentes à tribo de Levi. Ah! Mas isso não tem nada a ver. Eles são levitas espiritualmente, assim como a igreja espiritualmente é o Israel de Deus. Bem, não sei. Não vejo a Bíblia dando amparo a isso, principalmente no Novo Testamento, vejo a igreja sendo tratada como igreja e Israel como Israel. Mesmo quando somos tratados de Reis e Sacerdotes, Nação Santa, Povo Escolhido e etc, não quer dizer que Israel é tipo da igreja, sendo assim a comparação com os levitas também não cabe.
Outra coisa que gostaria de destacar é uma característica especial dos levitas. Segundo diz a Bíblia, os levitas não possuíam herança, bens ou propriedades. A porção dos levitas era o Senhor.
Tem gente que quer ser levita, mas quer herança. Cantores, músicos e etc, sendo tratados como verdadeiras estrelas, cobrando cachês altíssimos, fazendo exigências exorbitantes, morando em verdadeiros palácios, andando em carros caríssimos e ainda querem ser chamados de levitas. Está certo que os levitas eram sustentados pelas ofertas do povo, mas recebiam apenas o suficiente para seu sustento, já nossos levitas atuais ...
Meu objetivo com esse texto não é causar polêmica, só quero colocar os pingos nos “is”. Se alguém quiser continuar cobrando absurdos para cantar, ministrar ou tocar que o façam, mas, por favor, não digam que são levitas.

terça-feira, 25 de março de 2008

Que tal 365 dias de congresso?


Gostou da proposta? Com certeza muita gente iria adorar a idéia.
É incrível como nós, evangélicos, adoramos congressos e eventos festivos em nossas igrejas, não importa a temática. Parece que em nossa cabeça Deus dá mais atenção a esses eventos do que aos dias comuns. A impressão que se tem é que o Senhor prepara suas melhores bênçãos e as maiores vitórias de nossas vidas nesses eventos, de modo que em muitos lugares a vida da igreja se resume a realizar e planejar novos congressos, vivendo assim um ciclo repetitivo e interminável que se limita apenas às quatro paredes da igreja.
Além disso, você já percebeu como se comportam os crentes diante desse tipo de evento? As pessoas oram mais, pedem a Deus para salvar, curar, libertar, batizar com o Espírito Santo. As pessoas também jejuam mais, abrem o coração, estabelecem propósitos, buscam mais intensamente a Deus, cultuam com a expectativa de que algo novo Deus fará em suas vidas. Parece que o espírito é outro, percebe-se que há um novo ânimo. Com esse tipo de sentimento é inegável que Deus se move com muito mais liberdade e na maioria das vezes o que se pede, recebe; o que se busca, encontra; e quando se bate as portas se abrem.
Outro fenômeno interessante é que normalmente pessoas que não aparecem na igreja há um tempão costumam aparecer nessas ocasiões, ás vezes até querendo trabalhar, se envolver, fazer parte de coisa, mas quando passa o congresso, o retiro ou sei lá o que tudo volta a ser como era antes. Volta a rotina, o despropósito, a falta de expectativa, falta foco no culto e a sede de Deus parece que se acaba. A impressão que se tem é que nos dias de festa se busca uma overdose de Deus, que acredita-se ser suficiente para um ano inteiro, até chegar o próximo evento, quando na verdade depois de algum tempo se percebe, ou até mesmo no dia seguinte que tudo de bom que aconteceu só serviu para aqueles dias, porque a vida com Deus é dia após dia através de uma santa rotina e disciplina espiritual que passa pela prática da oração, estudo da Palavra e comunhão com os irmãos.
Seria tão bom se entendêssemos que o Deus das festas, dos congressos, dos retiros é o mesmo Deus que nos acompanha para escola, para o trabalho, para faculdade e onde for. Seria tão bom se compreendêssemos que se abrirmos o coração em qualquer dia da semana como fazemos em algumas ocasiões ditas “especiais”, com certeza teríamos uma vida espiritual mais viçosa, mas se nós não conseguimos entender essas coisas é melhor fazermos eventos que comecem dia 01 de janeiro e terminem dia 31 de dezembro.

Pensem nisso.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Páscoa, um sacrifício de valor


A páscoa nada mais é do que a celebração de um sacrifício, e nada que possua valor é conquistado sem sacrifício.
Para alguém se formar em uma faculdade é necessário sacrificar. Sacrificar o tempo, as finanças, alguns prazeres e muitos neurônios.
Para se manter um casamento, diversas vezes uma das partes tem que sacrificar. Sacrificar o orgulho, a opinião, a razão.
Para se conquistar uma medalha olímpica, atletas se sacrificam. Sacrificam o corpo, a vontade, o desejo.
Pare dar um futuro digno aos filhos, pais se sacrificam. Sacrificam sua energia, sua força e até mesmo a própria saúde.
Vou repetir. Nada que possua valor é conquistado sem sacrifício.
Nossa salvação não foi diferente. Para que vidas fossem salvas, perdoadas, transformadas alguém teve que se sacrificar.
Há pouco mais de dois mil anos, em uma noite de sexta-feira Jesus foi levado a um julgamento, considerado por juristas um dos mais injustos de toda história. Testemunhas falsas depuseram contra ele e mentido o difamaram. Sem nenhum temor insultaram o filho de Deus. Na sua cabeça colocaram uma coroa de espinhos. Cuspiram no seu rosto, bateram na sua face. Suas costas foram açoitadas por 39 chicotadas, seu corpo foi marcado, seu sangue derramado. Seus amigos, aterrorizados de medo fugiram. Seu povo o trocou por um malfeitor e apesar de nunca ter cometido crime algum a sentença contra ele foi: “Crucifica-o”. E ele? Ele simplesmente se calou. Palavra alguma saiu de sua boca. Como ovelha muda foi levado ao matadouro. E por fim, ainda o pregaram em uma cruz. Cruz que não era dele, mas que era minha e era sua. Nela cravaram seus pés, pregaram suas mãos. O sangue corria por sua face, as chagas aumentavam sua dor. “Se és filho de Deus desce da cruz”. Gritavam os zombadores. Mal sabiam eles que ele poderia fazer isso a hora quisesse, mas como diz as escrituras “tendo nos amado, ele amou até o fim”. No auge do sofrimento Cristo bradou “Está consumado”, para pouco depois dizer “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Estava ali, o Cordeiro pascoal sacrificado no altar da cruz.
Lembre-se. Nada que possua valor é conquistado sem sacrifício.
Para que nos alegrássemos, alguém teve que se entristecer. Para que fôssemos livres da culpa, alguém teve que ser culpado em nosso lugar, para que tivéssemos esperança alguém teve que se sacrificar, para que vivêssemos, Cristo teve que morrer.
A salvação para nós foi e ainda é de graça, mas para Deus ela custou um alto preço.
O verdadeiro símbolo da páscoa não é um coelhinho que carrega ovos de chocolate, mas sim um cordeiro. Não um cordeiro qualquer, mas o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, seu único filho, que tira o pecado do mundo. Cordeiro que foi morto sim, mas reviveu e vive para todo sempre. Esse sacrifico ninguém mais podia fazer, e ele foi feito por mim, por você e pelo mundo todo.
Sempre que ouvir falar em Páscoa lembre-se, na cruz, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. Não existe maior sacrifício que este, e isso revela que cada um de nós tem valor para Deus.

Pense Nisso.

terça-feira, 4 de março de 2008

Extravagantes até demais


A extravagância está na moda em muitas igrejas. Vocês já deve ter ouvido falar de louvor extravagante, adoração extravagante e coisas do tipo. O problema é toda essa extravagância é extravagante demais.
Li em algum lugar uma frase que nunca mais esqueci, ela diz o seguinte “a hora em que os crentes mais mentem é na hora em que estão cantando”. Sabe que eu concordo. Quantas vezes nos deixamos levar pela harmonia e pelas notas melodiosas de um louvor. Por vezes até nos emocionamos, choramos, nos prostramos, colocamos o rosto no pó e externamos tantas outras demonstrações de um aparente quebrantamento. Quem nunca se sensibilizou ao cantar “ Abro mão dos meus planos, abro mão dos meus sonhos, abro mão da minha vida por ti”? Mas será que se o Senhor realmente nos pedir tudo isso estamos dispostos a abrir mão? Não me responda, responda a si mesmo. Sem falar de outras canções que retratam uma intimidade com Jesus que fica apenas no nível do desejo e nunca da prática. Algumas letras chegam a dizer “Jesus eu quero vestir sua camisa, com as mangas maiores que os meus braços, correr pela casa ao teu encontro e me abandonar no teu abraço”. Bom, qualquer dia alguém vai compor uma música dizendo que quer brincar de cavalinho com Jesus, pedir a Jesus que faça bilú, bilú com ele e coisas do tipo.
Olha não quero julgar o coração que quem escreve tais letras, mas a grande maioria do povo reproduz isso com muita inconsciência, com um profundo emocionalismo e sem nenhuma reflexão. É um desejo de intimidade que não leva a oração, à Palavra e ao serviço.
Concordo que o amor deve ser extravagante, exagerado no início, mas ele deve crescer para que ele não seja menino a vida toda, mas quando ele crescer e se tornar maduro demais, quase envelhecido é hora de novamente voltar a ser menino para que não se torne religioso. Assim estamos sempre voltando ao primeiro amor.
A vida cristã é um ciclo e é assim que deve ser. Nunca estática sempre dinâmica a fim de que não fiquemos estacionados em nenhum dos extremos, digo na extravagância ou na suposta maturidade envelhecia. Assim nos renovamos em Deus dia após dia.
Lembrem-se do que Jesus falou da sua geração “Esse povo me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de mim”.

É proibido pensar


Oi gente!
Vale a penar conferir o vídeo que postei no blog, é uma montagem feita com base na letra de uma música de João Alexandre, cujo nome é o título desse texto.
Para nossa reflexão, transcrevo abaixo a letra de música.

Procuro alguém pra resolver meu problema, pois não
Consigo me encaixar nesse esquema, são sempre variações do mesmo tema,
Meras repetições.
A extravagância vem de todos os lados, e faz chover profetas apaixonados, morrendo em pé, rompendo em fé dos cansados....
Que ouvem suas canções...
Estar de bem com a vida é muito mais que Renascer....
Deus já me deu sua palavra e é por ela que eu ainda guio meu viver!

Reconstruindo o que Jesus derrubou..
Recosturando o véu que a cruz já rasgou..
Ressuscitando a lei, pisando na graça, negociando com
Deus!
No show da fé milagre é tão natural, que até pregar com a mesma voz é normal..
Nesse evangeliquês universal .se apossando dos céus...
Estão distante do trono, caçadores de Deus ao som de um shofar.
E mais um ídolo importado dita as regras para nos
Escravizar:
É proibido pensar!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

O culto é para mim ou para Deus?


Você já deve ter passado por isso. Alguém não vai ao culto e quando encontra com você essa pessoa pergunta: E aí, como foi o culto? Aí a resposta pode sofrer variações, normalmente ficam entre: maravilhoso, bom, mais ou menos, a mesma coisa ou fraco. Bom, tudo bem, mas a pergunta é: Para quem é o culto?
Serei curto e objetivo na resposta. O culto é para Deus. Só para Ele. Apenas para Ele e mais ninguém. Sendo assim o único que pode avaliar o culto é o próprio Deus. Já cansei de ouvir pessoas orarem: Senhor dá-nos um culto abençoado. Essa petição está errada. Aprendi com um homem de Deus que Deus não dá culto, Ele recebe culto. Então não existe culto fraco. Existe crente fraco. E o culto nunca é o mesmo, a menos que aquele que se propõe a cultuar, ou melhor, a não cultuar queira entrar e sair sem oferecer nada a Deus. É o Senhor quem está avaliando nosso culto. Quanto mais quebrantado, sincero e devotado, mais satisfeito Ele fica. Se existe algo que está perdido em nossos dias é o verdadeiro culto a Deus.
Hoje as pessoas saem de casa dizendo que irão ao culto em busca de uma benção, de um milagre de uma vitória. Os hinos que cantamos não exaltam mais os atributos de Deus, a salvação através de Cristo, a obra do Espírito Santo. As músicas que estão bombando nos ministérios de louvor das igrejas são aquelas que cujas letras servem para atender a necessidade dos crentes e não para adoração a Deus. Cânticos até muito bonitos como: “Hoje o meu milagre vai chegar”, “Preciso de uma benção não vou desistir” e tantos outros.
Amados voltemos para Deus, para celebração a Ele pela salvação de nossas almas, pelo perdão dos pecados, pela esperança de vida eterna. Que a igreja não seja apenas um hospital, um pronto socorro, um lugar aonde vamos quando a vida está difícil. Que o culto seja um momento de encontro do homem com seu Criador, do pai com seu filho, do noivo com sua noiva. Lugar onde oferecemos sacrifício de louvor, onde beijamos a face do Senhor e nos entregamos em seus braços. Fazendo isso, creio que aquele que nem mesmo o seu próprio filho poupou nos dará juntamente com ele todas as coisas.

“Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas glória pois a ele eternamente.Amém.” Rm 11:36.

Cristo é o nosso parâmetro

Como vocês puderam perceber não tenho colocado textos novos no blog, na verdade ando meio desmotivado para escrever, sendo assim, estarei postando textos de alguns amigos que também receberam de Deus talento para escrever algo que edifique.

"Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo."

Eu estava trabalhando num cliente, trocando um fio que foi mal instalado e colocando outro novo. Foi quando reparei na forma de um cabo, que estava no lugar e que não seria trocado. Percebi como a nossa vida é bem semelhante.
Somos como um fio preso na parede. Às vezes, olhando de longe, parece que o fio está reto, perfeitamente colocado, mas ao olharmos de perto, aparecem as curvas, os erros.
Cristo é o fio novo colocado junto ao nosso.
Um fio novo, quando instalado, fica reto, perfeito. Um fio novo perto do fio antigo, faz aparecer no fio antigo as imperfeições, as curvas e os erros.
Que Cristo seja o nosso parâmetro de perfeição e retidão.
Se permitirmos que Ele seja a referência, o Espírito Santo trabalhará em nós, e eliminará as curvas da nossa vida.

A paz de Cristo seja em nossas vidas sempre Presente.

21/02/2008
Renato Fernandes de Oliveira

sábado, 19 de janeiro de 2008

Milagres não bastam


Sempre me perguntei porque Deus não se manifesta em nossos dias da mesma forma que fazia no Antigo Testamento. No velho pacto vemos Deus falando no meio da sarça ardente, abrindo mar, falando de forma audível aos profetas, mostrando sua glória de forma visível; enquanto em nossos dias o sobrenatural não é tão perceptível assim.
Achava que se ouvisse a voz de Deus como ouço a minha voz quando falo seria mais fácil obedecer. Se visse milagres extraordinários acontecerem seria mais fácil crer ou se contemplasse o trono do Senhor como aconteceu com Isaías eu teria mais temor, conseqüentemente seria mais santo.
Hoje depois de alguma reflexão e investigação bíblica percebi que isso não faz muita diferença. Quando olho para Israel vejo um povo que viu milagres tremendos no deserto e mesmo assim murmurou, duvidou e se prostituiu. Olho para os evangelhos e vejo Jesus curando enfermos de todo tipo, multiplicando pães e ressuscitando mortos, no entanto muitos daqueles que viram tantos sinais e milagres não o aceitaram. Atém mesmo seus discípulos que passaram três anos com o mestre não puderam crer quando ele ressurgiu. Pedro o negou, Tomé duvidou, Tiago e João que o viram transfigurado não puderam crer.
Com isso concluo o seguinte. Milagres não sustentam a fé e nem fazem as pessoas se aproximarem de Deus. Talvez em um caso ou outro faça alguma diferença, mas via de regra não.
O profeta Jonas ouviu Deus falar claramente com ele e teve coragem de fugir. Então não pense que se Deus falasse da mesma maneira conosco seria mais fácil obedecer. Caim teve coragem de ser mal criado com Deus dizendo “Sou eu guardador do meu irmão?” Nove leprosos receberam o benefício e não tiveram coragem de agradecer.
O ser humano tem uma capacidade imensa de se acostumar com tudo, seja com a riqueza, pobreza, saúde, doença e etc. E com o sobrenatural não é diferente, até com isso ele se acostuma. Se Deus falasse toda hora a gente se acostumaria e perderíamos o temor. Se Deus operasse toda hora um milagre ficaríamos acostumados e não maravilhados. É por isso que a fé é o que realmente vale. Essa expectativa, esse anseio, essa busca por Deus. Um relacionamento baseado no amor e não na manifestação de milagres. Uma relação que não corre atrás da comida que perece, mas que se fundamenta na afirmação “Para onde iremos nós se tu tens as palavras de vida eterna”.

Pensem nisso.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

A vida cristã não é um parque de diversões


Depois de observar o comportamento dos crentes diante das dificuldades cheguei à conclusão de que a grande maioria deles não sabem lidar com as lutas. Estranhamente alguns irmãos em Cristo agem como se algumas coisas nunca pudessem acontecer com eles, e não são poucos os que entram em crise por causa disso. Para isso basta um diagnóstico contrário de um exame, o desemprego, a perda de um ente querido, uma tragédia, e pronto, a fé desmorona. A partir daí uma série de “porquês” são endereçados aos céus cobrando uma resposta, que na grande maioria das vezes não vem.
Meu posicionamento aqui não é a de um super crente, até porque, sendo bem sincero, acho que me incluo entre esses que tem dificuldade de lidar com certas realidades da vida, mesmo sabendo que Jesus não enganou ninguém. Ele disse “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo”.Jo.16:33. Pois bem, Cristo disse isso, mas parece que nós não levamos a sério e vivemos como estivéssemos em um parque de diversões, achando que pelo fato de sermos filhos de Deus estamos isentos de todo tipo de sofrimento. E como poderia ser diferente se a pregação da moda é vitória, conquista, prosperidade e coisas semelhantes.
Na verdade acho que os ímpios lidam melhor com algumas situações da vida do que alguns crentes e acho que tenho uma teoria para isso.
Quando abrimos a Bíblia encontramos nela um Deus bom, amoroso, cuidado, protetor. Então quando nos deparamos com algumas circunstâncias da vida a nossa realidade se confronta com o que a Palavra diz, gerando uma espécie de pane em nossa fé, pois questionamos como um Deus amoroso pode permitir que coisas ruins aconteçam com seus filhos. Parece que a igreja do tempo de Pedro possuía esse mesmo conceito, por isso ele escreveu “queridos amigos, não se assustem nem se admirem quando vocês passarem pelas provas que estão para vir, pois isso não é coisa estranha, nem fora do comum que lhes vai acontecer”. I Pe.4:12. É por isso que crente morre de câncer, pode ficar paraplégico, sofrer de Alzaimer e etc., não estamos isentos. O que acontece é que muitas vezes o crente se encaverna em seus questionamentos e se deprime, pois direciona tudo pra Deus, como se Ele tivesse o poder de livrar, curar, restaurar e tudo mais, e aparentemente não quer fazer isso. Enquanto isso o ímpio que não conhece a Deus, não tem o que questionar e mete a cara na vida, lutando, ralando e superando as próprias dificuldades. É por isso, que muitas vezes os filhos das trevas são mais prudentes que os filhos da luz.
Com isso quero dizer o seguinte:
Em um mundo caído como nosso tudo pode acontecer, tanto o bem, quanto o mal.
Deus não costuma dar muitas explicações, mas ele diz “minha graça te basta”, e se Ele diz que basta, então está dito e ponto final.

Pensem nisso.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Arriscar é viver


Rir é arriscar-se a parecer louco.
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental.
Estender a mão para o outro é arriscar-se a se envolver.
Expor seus sentimentos é arriscar-se a expor seu eu verdadeiro.
Amar é arriscar-se a não ser amado.
Expor suas idéias e sonhos ao público é arriscar-se a perder.
Viver é arriscar-se a morrer...
Ter esperança é arriscar-se a sofrer decepção.
Tentar é arriscar-se a falhar.

Mas... é preciso correr riscos.
Porque o maior azar da vida é não arriscar nada...

Pessoas que não arriscam, que nada fazem, nada são.
Podem estar evitando o sofrimento e a tristeza.
Mas assim não podem aprender, sentir, crescer, mudar, amar, viver...
Acorrentadas às suas atitudes, são escravas;
Abrem mão de sua liberdade.
Só a pessoa que se arrisca é livre...

"Arriscar-se é perder o pé por algum tempo.
Não se arriscar é perder a vida..."
(Soren Kiekegaard)

No tempo que eu possuia Orkut, li esse texto em algum perfir. Gostei e Copiei. Acho que ele é bastante apropriado para o momento, já que iniciamos um novo ano.

Pensem nisso.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Visão do Cristo



Nos últimos dias de 2007 fiz um passeio ao Cristo Redentor. Apesar de ser carioca da gema, essa foi apenas a segunda vez que visitei esse monumento que foi considerado uma das 7 maravilhas do mundo moderno, com toda a razão, não só pela estátua do Cristo, mas também pela indescritível vista que se pode ter lá de cima do Corcovado.
Ao observar aquela vista deslumbrante, abri meu coração para que Deus ministrasse algumas lições espirituais ao meu coração, pois entendo que em todo lugar e em toda ocasião Ele tem algo a nos ensinar. Dentre tantas lições que poderia ter extraído para minha vida naquela ocasião gostaria de destacar apenas três que me chamaram a atenção.
Primeiro. Ao olhar para baixo vi enormes prédios, casas, carros que pareciam de brinquedo. Até mesmo a lagoa Rodrigo de Freitas parecia uma grande poça d’água. Ao observar isso, aprendi a seguinte lição. Quanto mais alto estivermos, menores as coisas parecerão. Na vida cristã é a mesma coisa. Eu estava ali perto do Cristo, olhando pra baixo vendo tudo pequeno. Quando estamos perto de Cristo estamos em lugares altos e todo o resto que parece grande, sejam lutas, problemas e dificuldades parecerão pequenos.
Segundo. Aos pés do Cristo eu podia ver ao longe, praticamente todo o Rio de Janeiro em 360º. Via a Lagoa, virando um pouco o Maracanã, virando mais a Ponte Rio Niterói, em outra direção o Jóquei Clube e também podia ver transatlânticos em alto mar. Lá de cima eu podia ver ao longe. Essa é a segunda lição. Quando estou aos pés de Cristo, em lugares altos eu enxergo longe, Deus amplia a minha visão eu deixo de possuir apenas a visão a nível do mar para ter uma visão com maior alcance. Nós somos do tamanho da nossa visão. Aprenda isso.
Terceira e última. Lá de cima eu conseguia perceber detalhes da cidade que eu nunca perceberia. Vi que muitos prédios possuíam piscina na cobertura, lá de baixo eu nunca ia saber. Percebi também que a árvore de natal colocada na Lagoa está posicionada cuidadosamente no centro dela. Sem aquela visão do alto aos pés do Cristo eu não veria aquilo. A última lição fala de discernimento. Quando estamos perto de Cristo, não do Cristo, ele aumenta nosso discernimento para percebermos como devemos proceder no mundo espiritual com respeito a nossa vida e aos ataques do adversário.
Quando sair para passear, esteja atento ao que Deus pode lhe falar ao coração.

Pense nisso.