terça-feira, 25 de março de 2008

Que tal 365 dias de congresso?


Gostou da proposta? Com certeza muita gente iria adorar a idéia.
É incrível como nós, evangélicos, adoramos congressos e eventos festivos em nossas igrejas, não importa a temática. Parece que em nossa cabeça Deus dá mais atenção a esses eventos do que aos dias comuns. A impressão que se tem é que o Senhor prepara suas melhores bênçãos e as maiores vitórias de nossas vidas nesses eventos, de modo que em muitos lugares a vida da igreja se resume a realizar e planejar novos congressos, vivendo assim um ciclo repetitivo e interminável que se limita apenas às quatro paredes da igreja.
Além disso, você já percebeu como se comportam os crentes diante desse tipo de evento? As pessoas oram mais, pedem a Deus para salvar, curar, libertar, batizar com o Espírito Santo. As pessoas também jejuam mais, abrem o coração, estabelecem propósitos, buscam mais intensamente a Deus, cultuam com a expectativa de que algo novo Deus fará em suas vidas. Parece que o espírito é outro, percebe-se que há um novo ânimo. Com esse tipo de sentimento é inegável que Deus se move com muito mais liberdade e na maioria das vezes o que se pede, recebe; o que se busca, encontra; e quando se bate as portas se abrem.
Outro fenômeno interessante é que normalmente pessoas que não aparecem na igreja há um tempão costumam aparecer nessas ocasiões, ás vezes até querendo trabalhar, se envolver, fazer parte de coisa, mas quando passa o congresso, o retiro ou sei lá o que tudo volta a ser como era antes. Volta a rotina, o despropósito, a falta de expectativa, falta foco no culto e a sede de Deus parece que se acaba. A impressão que se tem é que nos dias de festa se busca uma overdose de Deus, que acredita-se ser suficiente para um ano inteiro, até chegar o próximo evento, quando na verdade depois de algum tempo se percebe, ou até mesmo no dia seguinte que tudo de bom que aconteceu só serviu para aqueles dias, porque a vida com Deus é dia após dia através de uma santa rotina e disciplina espiritual que passa pela prática da oração, estudo da Palavra e comunhão com os irmãos.
Seria tão bom se entendêssemos que o Deus das festas, dos congressos, dos retiros é o mesmo Deus que nos acompanha para escola, para o trabalho, para faculdade e onde for. Seria tão bom se compreendêssemos que se abrirmos o coração em qualquer dia da semana como fazemos em algumas ocasiões ditas “especiais”, com certeza teríamos uma vida espiritual mais viçosa, mas se nós não conseguimos entender essas coisas é melhor fazermos eventos que comecem dia 01 de janeiro e terminem dia 31 de dezembro.

Pensem nisso.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Páscoa, um sacrifício de valor


A páscoa nada mais é do que a celebração de um sacrifício, e nada que possua valor é conquistado sem sacrifício.
Para alguém se formar em uma faculdade é necessário sacrificar. Sacrificar o tempo, as finanças, alguns prazeres e muitos neurônios.
Para se manter um casamento, diversas vezes uma das partes tem que sacrificar. Sacrificar o orgulho, a opinião, a razão.
Para se conquistar uma medalha olímpica, atletas se sacrificam. Sacrificam o corpo, a vontade, o desejo.
Pare dar um futuro digno aos filhos, pais se sacrificam. Sacrificam sua energia, sua força e até mesmo a própria saúde.
Vou repetir. Nada que possua valor é conquistado sem sacrifício.
Nossa salvação não foi diferente. Para que vidas fossem salvas, perdoadas, transformadas alguém teve que se sacrificar.
Há pouco mais de dois mil anos, em uma noite de sexta-feira Jesus foi levado a um julgamento, considerado por juristas um dos mais injustos de toda história. Testemunhas falsas depuseram contra ele e mentido o difamaram. Sem nenhum temor insultaram o filho de Deus. Na sua cabeça colocaram uma coroa de espinhos. Cuspiram no seu rosto, bateram na sua face. Suas costas foram açoitadas por 39 chicotadas, seu corpo foi marcado, seu sangue derramado. Seus amigos, aterrorizados de medo fugiram. Seu povo o trocou por um malfeitor e apesar de nunca ter cometido crime algum a sentença contra ele foi: “Crucifica-o”. E ele? Ele simplesmente se calou. Palavra alguma saiu de sua boca. Como ovelha muda foi levado ao matadouro. E por fim, ainda o pregaram em uma cruz. Cruz que não era dele, mas que era minha e era sua. Nela cravaram seus pés, pregaram suas mãos. O sangue corria por sua face, as chagas aumentavam sua dor. “Se és filho de Deus desce da cruz”. Gritavam os zombadores. Mal sabiam eles que ele poderia fazer isso a hora quisesse, mas como diz as escrituras “tendo nos amado, ele amou até o fim”. No auge do sofrimento Cristo bradou “Está consumado”, para pouco depois dizer “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. Estava ali, o Cordeiro pascoal sacrificado no altar da cruz.
Lembre-se. Nada que possua valor é conquistado sem sacrifício.
Para que nos alegrássemos, alguém teve que se entristecer. Para que fôssemos livres da culpa, alguém teve que ser culpado em nosso lugar, para que tivéssemos esperança alguém teve que se sacrificar, para que vivêssemos, Cristo teve que morrer.
A salvação para nós foi e ainda é de graça, mas para Deus ela custou um alto preço.
O verdadeiro símbolo da páscoa não é um coelhinho que carrega ovos de chocolate, mas sim um cordeiro. Não um cordeiro qualquer, mas o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, seu único filho, que tira o pecado do mundo. Cordeiro que foi morto sim, mas reviveu e vive para todo sempre. Esse sacrifico ninguém mais podia fazer, e ele foi feito por mim, por você e pelo mundo todo.
Sempre que ouvir falar em Páscoa lembre-se, na cruz, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. Não existe maior sacrifício que este, e isso revela que cada um de nós tem valor para Deus.

Pense Nisso.

terça-feira, 4 de março de 2008

Extravagantes até demais


A extravagância está na moda em muitas igrejas. Vocês já deve ter ouvido falar de louvor extravagante, adoração extravagante e coisas do tipo. O problema é toda essa extravagância é extravagante demais.
Li em algum lugar uma frase que nunca mais esqueci, ela diz o seguinte “a hora em que os crentes mais mentem é na hora em que estão cantando”. Sabe que eu concordo. Quantas vezes nos deixamos levar pela harmonia e pelas notas melodiosas de um louvor. Por vezes até nos emocionamos, choramos, nos prostramos, colocamos o rosto no pó e externamos tantas outras demonstrações de um aparente quebrantamento. Quem nunca se sensibilizou ao cantar “ Abro mão dos meus planos, abro mão dos meus sonhos, abro mão da minha vida por ti”? Mas será que se o Senhor realmente nos pedir tudo isso estamos dispostos a abrir mão? Não me responda, responda a si mesmo. Sem falar de outras canções que retratam uma intimidade com Jesus que fica apenas no nível do desejo e nunca da prática. Algumas letras chegam a dizer “Jesus eu quero vestir sua camisa, com as mangas maiores que os meus braços, correr pela casa ao teu encontro e me abandonar no teu abraço”. Bom, qualquer dia alguém vai compor uma música dizendo que quer brincar de cavalinho com Jesus, pedir a Jesus que faça bilú, bilú com ele e coisas do tipo.
Olha não quero julgar o coração que quem escreve tais letras, mas a grande maioria do povo reproduz isso com muita inconsciência, com um profundo emocionalismo e sem nenhuma reflexão. É um desejo de intimidade que não leva a oração, à Palavra e ao serviço.
Concordo que o amor deve ser extravagante, exagerado no início, mas ele deve crescer para que ele não seja menino a vida toda, mas quando ele crescer e se tornar maduro demais, quase envelhecido é hora de novamente voltar a ser menino para que não se torne religioso. Assim estamos sempre voltando ao primeiro amor.
A vida cristã é um ciclo e é assim que deve ser. Nunca estática sempre dinâmica a fim de que não fiquemos estacionados em nenhum dos extremos, digo na extravagância ou na suposta maturidade envelhecia. Assim nos renovamos em Deus dia após dia.
Lembrem-se do que Jesus falou da sua geração “Esse povo me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de mim”.

É proibido pensar


Oi gente!
Vale a penar conferir o vídeo que postei no blog, é uma montagem feita com base na letra de uma música de João Alexandre, cujo nome é o título desse texto.
Para nossa reflexão, transcrevo abaixo a letra de música.

Procuro alguém pra resolver meu problema, pois não
Consigo me encaixar nesse esquema, são sempre variações do mesmo tema,
Meras repetições.
A extravagância vem de todos os lados, e faz chover profetas apaixonados, morrendo em pé, rompendo em fé dos cansados....
Que ouvem suas canções...
Estar de bem com a vida é muito mais que Renascer....
Deus já me deu sua palavra e é por ela que eu ainda guio meu viver!

Reconstruindo o que Jesus derrubou..
Recosturando o véu que a cruz já rasgou..
Ressuscitando a lei, pisando na graça, negociando com
Deus!
No show da fé milagre é tão natural, que até pregar com a mesma voz é normal..
Nesse evangeliquês universal .se apossando dos céus...
Estão distante do trono, caçadores de Deus ao som de um shofar.
E mais um ídolo importado dita as regras para nos
Escravizar:
É proibido pensar!