quinta-feira, 26 de junho de 2008

Refletindo sobre a felicidade

E. Stanley Jones, missionário metodista, contou uma história interessante. Um homem recebeu a visita de um anjo que lhe prometeu uma existência sem carência, sem problema, sem frustração. Tudo o que precisava para uma vida esplendorosa era imaginar alguma coisa ou circunstância e imediatamente o que pensasse acontecia. Um dia ele colocou as duas mãos no bolso e pensou numa mansão. Surgiu um castelo com quinze quartos, dez banheiros, três piscinas e um vasto jardim; a casa veio ainda com uma equipe de serviçais.

"Mas, um lugar como este precisa de um campo de golfe", pensou. Bastou fechar os olhos para surgir um tapete verde com dezoito buracos espetados de bandeirolas. Um novo desejo brotou no seu peito: "Essa casa carece de automóveis na garagem". Piscou e o pátio se lotou das melhores marcas. Chamou um dos motoristas, sentou-se no banco traseiro de um dos carros e foi passear. Depois jogou golfe, nadou, deitou-se e comeu. Com o passar do tempo, veio o tédio. De tanto dormir, ficou com insônia. Com tanta comida, perdeu o apetite. Ele passou a se sentir fatigado por não ter nada para fazer.

Depois de alguns anos, a monotonia foi se tornando desesperadora. Mal começava a ler um livro, já queria evitar o esforço de chegar à última página. Quando jogava golfe, rapidamente imaginava a bolinha entrando no buraco e seu recorde era perfeito.

O pobre homem viu-se condenado a viver sem desafios, sem alvos, sem metas. "Preciso tentar alguma coisa, esforçar-me para escalar alguma montanha, vencer algum obstáculo. Não posso continuar a existir sem frustração. Imploro que me devolvam a sensação de tentar”

À beira da loucura, confindenciou a um colega: “Prefiro o inferno a viver assim”. “E onde você acha que está?”, respondeu o amigo.

Extraído.