quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Aleluia! Jesus nasceu.


Era noite em Belém da Judéia e lá estava o menino. Por falta de um lugar para pousar veio ao mundo em uma estrebaria. Na falta de um berço o deitaram em uma manjedoura.
Lá estava Deus. Longe do trono, longe da glória, mas perto dos homens. Na forma de homem, em corpo de criança. Aquele que criou mundo, agora estava no mundo, dentro dele, sujeito o a ele. Ele não conhecia o tempo, era chamado Pai da eternidade. Agora estava subjugado as horas, aos dias, aos meses e aos anos. O Deus que não sabia o que era cansaço e fadiga ia provar do castigo que impôs ao próprio homem. Deus iria se cansar, iria suar, iria se exaurir. O Todo poderoso que nunca dorme, nem cochila passaria a ter uma cama, mas na maioria das vezes não teria onde recostar a cabeça. O Onipotente que sustenta tudo com suas mãos agora seria embalado nos braços de uma mulher. O provedor de toda vida. O que aos animais dá a cada dia o seu sustento, agora iria ser alimentado por um ser limitado. Detentor de toda inteligência e sabedoria, como qualquer criança, o próprio Deus deveria ir a escola e ainda chamar de mestre alguém cujo entendimento, diante do arquiteto do universo, não se compara a nada.
No céu unanimidade. Na terra, dúvida e questionamento. Quem és tu? Que sinal tu fazes para que creiamos em ti? Perguntarão a ele. Tens demônio! Dirão alguns. Estás louco! Outros afirmarão. Dor, fome, sede, humilhação, incredulidade, rejeição. “Porque me obrigaste a vir?”. Não! Essa frase nunca saiu de sua boca. Ele sabia o que o esperava. Ele não foi obrigado a vir, pelo contrário. Ele quis vir. “A minha vida a dou, eu voluntariamente a dou para tornar a tomá-la”. Será que vale a pena? Perguntaram os anjos. Será que vale a pena? Questionaram os demônios. Será que vale a pena? Indagou o diabo. A resposta? “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O evangelista João escreveu “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”.
Quando essa palavra se cumpriu poucos perceberam. As testemunhas da entrada de Deus no mundo, provavelmente, foram alguns cavalos, algumas mulas e alguns camelos. Não houve estardalhaço, não houve homenagens nem honrarias. Fora da estrebaria a rotina das pessoas continuavam. O povo comia, bebia, dormia, conversava, dançava etc. O próprio Deus veio ao mundo e apenas uns poucos se deram conta disso naquela noite. Alguns pastores no campo e os e os anjos no céu. Os magos? Os magos chegaram depois. Naquele dia que parecia comum, a história da humanidade começou a ser mudada para nunca mais ser a mesma.
Quase dois mil anos se passaram, e a história se repete. Natais vêm e vão, e as pessoas continuam as mesmas. Planejando suas festas, comprando seus presentes e etc. Estão dando continuidade as suas vidas sem perceberem o verdadeiro significado do Natal. Mais uma vez o filho de Deus passa desapercebido da maioria das pessoas, mas nos quatro cantos desse planeta existem pessoas que perceberam que o próprio Deus veio ao mundo através de seu filho Jesus e abriram a estalagem do seu coração permitindo que suas histórias fossem mudadas a fim de que não sejam mais as mesmas pessoas.
Jesus nasceu e ainda continua nascendo na vida das pessoas. Assim o natal se repete a cada dia da existência humana.
Antes de Cristo ou depois de Cristo. Assim se resume a história da humanidade. E a sua?

Pense Nisso!

Feliz Natal!

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Que o final seja como o começo (Parte 2)


Cair não é nada bom. Nada bom mesmo.
Quando as bolsas de valores em todo mundo caem, o mercado financeiro entra em colapso.
Quando uma criança cai, o pai se preocupa.
Quando um ciclista cai acontecem alguns arranhões.
Quando um velocista cai, ele perde tempo e na maioria das vezes a corrida.
Quando um avião cai o desastre é quase total.
E quando um crente cai? Na maioria das vezes essa pergunta é respondida com outra. Caiu com quem? Isso porque para um bom número de crentes o cair só tem uma referencia, ou melhor, duas. Adultério ou fornicação. É claro que essas práticas são quedas, mas são quedas porque são pecados, sendo assim, toda prática que desagrada a Deus é vista como queda, por isso, a humanidade está decaída, porque seu estilo de vida fere os princípios de Deus.
Mas a despeito da queda, conhecida como pecado original, existe um tipo de queda que só os crentes podem ter. Veja você mesmo. “Lembra-te, pois de onde caíste...” Ap.2:5. Mais um vez o texto fala da igreja de Éfeso. A aquela igreja não era adúltera, corrupta, infiel ou coisa parecida, mas aos olhos de Jesus ela estava caída. A que queda Jesus se referia? Seria a queda nos dízimos e ofertas? Seria a queda da freqüência aos cultos? Ou seria a queda no número de crentes? Nada disso! O que caiu foi a intensidade do amor, da paixão pelo próprio Cristo. Para Jesus quando a paixão diminui estamos caídos.
Ao meditar sobre isso, me lembrei da história de dois obreiros cascudos de uma igreja que observavam um novo convertido no auge da paixão. Ele era todo entusiasmo, gratidão, louvor, serviço, amor e adoração. Então um dos obreiros comentou com o outro “Lembra como nós éramos no início? Iguaizinhos aquele jovem, cheios de paixão e entusiasmo, só que agora o tempo passou e já não somos mais a mesma coisa. O que você acha de alertarmos aquele jovem para ir mais devagar?”. O outro obreiro concordou e ambos foram falar com o rapaz. Então eles se aproximaram e disseram “Meu filho, nós temos observado seu fogo, sua paixão pelo Senhor, mas olha só, nós um dia também fomos assim. No início éramos iguaizinhos a você, mas com o tempo isso vai mudar, por isso não precisa tanto exagero”. Então o rapaz olhou para os obreiros cascudos e disse “Se com o tempo eu ficar como vocês eu paro, volto e começo tudo de novo”.
Esse jovem tem razão. É melhor voltar e começar novamente do que se tornar um falso crente maduro, que pensa que é adulto, mas que na verdade perdeu a paixão. O grande problema não é cair, o maior problema é não querer se levantar. É a indiferença, é o tanto faz, tanto fez. A renovação da paixão sempre será fruto de um sentimento de insatisfação causado pelo reconhecimento de que o amor pelo mestre já não é como no início.
Portanto “Lembra-te de onde caíste, arrepende-te e praticas as primeiras obras”. Ap.2:5.

Pense nisso!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Que o final seja como o começo (Parte 1)


Só para variar, estive pensando um pouco. Estava refletindo sobre nosso comportamento quando ganhamos ou compramos algo novo.
Lembro quando comprei meu primeiro carro (como se já tivesse comprado um segundo ou terceiro, na verdade ainda estou com ele. Rssss.). Quanto cuidado. Estacionava o carro morrendo de medo de arranhar a pintura. Mudança de marcha no tempo certinho, nada de esticadas. Parava o carro a dois palmos do meio fio. Não queria arranhar as rodas. E ai de quem se atrevesse a bater a porta do possante como se fecha uma geladeira velha. Fogo consumidor se acendia nos meus olhos. Andava na rua todo prosa com meu Kadetão 96, crente que estava abafando. Mas aí o tempo passou, passou e passou. Me pergunte agora se o cuidado é o mesmo? Acho que não preciso nem responder.
A mesma coisa acontece com a TV nova, o computador novo, o celular novo e também, como não poderia deixar de ser, com a fé nova. No início: motivação, entusiasmo, empolgação e encantamento. Mas com o tempo ... Ah, o tempo.
Esse tal de tempo pode ser um grande amigo, mas também um grande algoz, principalmente quando está relacionado a fé. E quando me refiro a fé, não estou falando daquele poder que move o sobrenatural, mas da fé relacionada a vida cristã, ao relacionamento com Deus. Sim, o tempo pode ser o instrumento que desgasta a paixão, o amor e o fervor espiritual. Com o tempo podemos até manter a forma, mas perderemos o conteúdo. Foi assim com os crentes de Éfeso. Continuavam indo aos cultos, a EBD, a praticar boas obras e um monte de coisas boas, mas as palavras de Jesus foram essas “Vocês não me amam como no princípio! Pensem naqueles tempos do seu primeiro amor” (Bíblia Viva). Ap. 2:5.
Deus não está mais preocupado com o que fazemos para ele do que com o que nós sentimos por Ele. O Senhor acima de tudo quer saber se a paixão está intacta. Para alguns a vida é bastante corrida. Chegam a achar que um dia deveria ter 48 horas. Acham que oram pouco, lêem pouco a Bíblia, vão pouco a igreja, mas acima de tudo possuem uma paixão, uma sede de Deus, um fogo que lhes consomem a alma. Enquanto outros possuem uma vida mais light, são verdadeiros ratos de igreja, não perdem uma reunião. Lêem as escrituras regularmente e até oram como todo bom crente deve fazer, todavia se tornaram religiosos e nem perceberam. O fogo se abrandou, diminuiu, é quase uma sentelha.
Então como não permitir que o tempo não diminua a paixão? Pode não ser fácil, mas é simples. Voltando ao começo.
Façamos o caminho de volta, como fizeram José e Maria quando deixaram o travesso Jesus em Jerusalém. Voltemos perguntando, buscando e procurando. Por certo o encontraremos. Porque quem busca, acha. Quem pede, recebe. E quem bate, a porta se abre.

Pense nisso e não deixe a paixão se esfriar.