terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Salvos por um mergulho profundo

Os médicos Karina Dubeux e Isac Szwarc estavam em férias na Tailândia em dezembro de 2004 quando um dos maiores desastres naturais da história atingiu alguns países do litoral do sudeste asiático. O tsunami naquele ano matou milhares de pessoas entre turistas e locais, mas esse casal de brasileiro conseguiu se salvar por causa de um mergulho. Há anos eles estavam planejando conhecer o litoral tailandês e ao mesmo tempo praticar o hobby preferido do casal, mergulhar. No dia da tragédia algumas “coincidências” aconteceram para que eles estivessem no local certo e na hora certa para que não fossem atingidos pelo tsunami. O atraso na programação, a localização geográfica, o mergulho contribuíram para que suas vidas fossem preservadas, mas houve uma coisa que foi primordial para salvar suas vidas. A profundidade do mergulho. Na hora do tsunami o casal de mergulhadores não estava na praia, no barco ou na superfície do mar, senão seriam arrastados, eles estavam a 23 metros de profundidade. Quando o tsunami passou eles perceberam algo diferente acontecendo, mas nunca poderiam imaginar que se tratava de um tsunami. Debaixo d’água eles tiveram alguns problemas. Foram pegos por alguns redemoinhos, pela correnteza, mas conseguiram se livrar. Quando voltaram a superfície o pior já havia passado e eles estavam vivos, mas na praia havia morte. Só então eles perceberam que uma tragédia havia acontecido. Agora eles estavam salvos, mas como médicos tinham que socorrer aqueles que estavam feridos e necessitados de ajuda. Acho que essa história tem tudo a ver com a vida Cristã. Na existência tsunamis estão sempre vindo em nossa direção, para não sucumbirmos diante deles nossa salvação deve ser mergulharmos nas águas profundas do Senhor: no Espírito, na Palavra, na comunhão com Deus e com o próximo. Na margem morreremos, no barco morreremos, na superfície morreremos. É necessário mergulharmos fundo. O tsunami passará e nós permaneceremos vivos, mas isso não basta. Como médicos também devemos nos compadecer dos feridos desse mundo a fim de cumprirmos a vocação para qual fomos chamados. Estar vivo e salvo é muito bom, mas é muito pouco. É necessário salvarmos todos que pudermos salvar. Pense nisso!